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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

TJ-SP anuncia R$ 75 milhões para a contratação de guardas patrimoniais

Cerca de mil guardas farão a segurança de fóruns em todo o Estado de São Paulo. Juíza Cynthia Andraus Carretta fez 1ª aparição pública após atentado.

20/01/2012 - 19:50
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O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) anunciou, nesta sexta-feira (20), em Rio Claro, a liberação de R$ 75 milhões para a contratação de cerca de mil guardas patrimoniais armados. Eles farão a segurança de fóruns de todo o estado.
Em um encontro durante a tarde, o presidente do tribunal, o desembargador Ivan Sartori, falou sobre as medidas para reforçar a segurança nos prédios do judiciário, após o atentado a bomba que deixou dois feridos na semana passada.
Sartori manifestou apoio aos funcionários e reconheceu a fragilidade dos prédios. Uma reportagem do Jornal da EPTV mostrou o problema em São Carlos, Araraquara e Sumaré. “A segurança é frágil, mas, particularmente em relação a Rio Claro, nós já temos um reforço da Polícia Militar, da Guarda Civil”, disse.
A contratação dos guardas patrimoniais deve resolver a questão da vulnerabilidade dos fóruns. “Essas licitações estão divididas em regiões do estado todo, mas assim que for firmado o contrato da região de Rio Claro, a cidade receberá prioritariamente esses agentes de proteção”, explicou o juiz assessor da presidência do TJ, João Baptista Galhardo.
Além do presidente do TJ-SP, a presença que mais chamou a atenção foi a da juíza Cynthia Andraus Carretta (foto), que fez a primeira aparição em público após o atentado a bomba endereçado a ela no dia 12 de janeiro.
A juíza ficou pouco tempo no Fórum e saiu sem dar entrevistas. Por meio da assessoria de imprensa, ela agradeceu a visita do presidente do TJ-SP e a forma como o judiciário tem tratado o fato. Disse também que confia nas investigações da Polícia Civil para solucionar o caso, mas não adiantou quando pretende retornar ao trabalho.
O desembargador garantiu que vai acompanhar as investigações de perto, tanto que pediu para conhecer as dependências do Fórum e a mesa onde a bomba explodiu.
Medidas para reforçar a segurança dos servidores já foram tomadas. “Nós já reforçamos a comunicação entre os nossos agentes com rádios digitais. Trouxemos também maior especificação na questão dos detectores de metal e também estamos analisando a questão da entrada e identificação das pessoas que frequentam o Fórum”, disse Galhardo.
A comitiva ainda visitou as obras do novo Fórum. De Rio Claro, Sartori seguiu para Ribeirão Preto para visitar o funcionário ferido com os estilhaços da bomba.
Treinamento
Funcionários do Fórum de Rio Claro tiveram orientações da Polícia Militar sobre como agir em casos de suspeita de bomba, nesta sexta-feira (20).
Na palestra, organizada pela Polícia Militar e Tribunal de Justiça (TJ-SP), os servidores aprenderam vários procedimentos simples que podem evitar explosões.
Bomba
O artefato explosivo, feito com pólvora, pregos, tachinhas e vidro, estava escondido dentro de um papai Noel em uma caixa embrulhada com papel com motivos natalinos. Segundo a PM, ele não tinha remetente e era destinado à juíza Cynthia Andraus Carretta, que agora anda com escolta policial. Ele só explodiu no momento em que o funcionário inseriu uma pilha.
O funcionário que abriu o pacote com a bomba, Menotti Ragazzi, continua internado no Hospital Especializado de Ribeirão Preto e ainda não existe previsão de alta.
Motivações e Investigação
O presidente do TJ-SP afirmou que o atentado pode ter ocorrido por vingança, após uma decisão da juíza Cynthia sobre a guarda de uma criança. A Polícia Civil não descarta a possibilidade, mas apura outras hipóteses. Por enquanto ninguém foi preso.

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